quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Educação Infantil e Psicopedagogia

Educação Infantil e Psicopedagogia

Educação Infantil e Psicopedagogia: Trabalhando a Coordenação da Criança

Educação Infantil e Psicopedagogia: Trabalhando a Coordenação da Criança

Educação alternativa através do método de projetos Crianças saem da rotina, aprendem a fazer pesquisas
e são estimuladas a ter interesse pelas aulas

Thiago Werneck
Colaboração
08/08/2007
www.acessa.com

Uma forma diferente de ensinar. Ao invés de seguir livros e ser um "transmissor de conteúdos", o professor é quem se transforma em pesquisador. O aluno, por sua vez, deixa de apenas ouvir as matérias e se torna agente ativo dentro do seu próprio aprendizado. É a forma de ensinar através de projetos que já é utilizada por uma escola em Juiz de Fora no Ensino Infantil e de primeira a quarta séries.

Nada de ir para frente da sala e começar a passar atividades e matérias. O método trabalha com dúvidas e curiosidades dos alunos. O professor monta uma roda de conversa com a turma e fica atento para qual assunto desperta maior interesse e dúvidas para as crianças. A partir desse tema, ele propõe um projeto aos alunos que são incentivados a pesquisar.

No trabalho, o professor faz a lista cognitiva com três ítens: o que os alunos já sabem, o que eles querem saber e como eles irão pesquisar. A partir daí crianças de três anos já são incentivadas a fazerem entrevistas e buscar evidências sobre o assunto. Os alunos são estimulados a aprender, de forma diferente, todos os conteúdos cobrados nos programas curriculares das escolas convencionais.

Estímulo ao aluno
Foto da Magda A pedagoga especialista em educação, Mônica Gervason Alvim"As crianças sugerem a problemática e por isso mostram interesse durante todo o projeto. Vou te dar um exemplo simples que vem da questão "de onde vem o leite?". A partir dessa indagação vamos fazer trabalho de campo com eles que, por exemplo, vão ver como se faz a ordenha de uma vaca, como é feito o queijo e muitas outras coisas", explica.
(foto ao lado), ressalta que o maior diferencial é o estímulo dado ao aluno através dos projetos.

O assunto cresce e vira um projeto de ensino da turma. "O interesse deles é enorme, sempre querem saber mais. E sem eles perceberem, trabalhamos o português, a matemática, a história, geografia e até o inglês. Eles aprendem tudo que aprenderiam em uma escola tradicional", ressalta Mônica.

Para a professora, a vantagem está na formação do aluno, que sai mais preparado para o mercado profissional sem perder o tempo típico da infância. "Eles já saem daqui sabendo fazer uma pesquisa com facilidade e têm mais atenção no que aprendem, não ficam dispersos na sala de aula. Tudo sem perder, sem estar em um regime rígido, podendo aproveitar a infância", conta.

O segredo do método de projetos é a forma de estimular as crianças. Nos jogos, leituras e trabalho de campo, os professores devem ter uma boa percepção para acompanhar o ritmo da criança e incentivá-las a aprender o conteúdo programático, de acordo com o interesse de cada uma. "Para aplicar o projeto, todos os professores têm que estar preparados e cientes de como vão fazer isso", destaca Mônica.


Aluna pintando Livro infantil

Segundo a professora, é preciso trabalhar as inteligências múltiplas e emocionais das crianças. O responsável pela aula deve ter essa percepção para conseguir explorar os potenciais dos alunos e entender um pouco da forma de agir de cada um. "O ideal é que haja no máximo 15 alunos por turma. Só assim eles podem receber a atenção devida", afirma Mônica.

Participação dos pais
A participação dos pais se torna importante para aplicação do projeto. Mônica conta que vários deles já deram palestras nas aulas. "Quando falávamos de peixe, um pai mergulhador veio e trouxe todo material, mostrou para os alunos. O mesmo aconteceu quando o assunto era abelha e um pai trouxe até colméia. Eles participam ativamente e isso faz com que as crianças se sintam melhores na escola", relata.

Quanto mais novo o aluno, mais simples se tornam os projetos. Apesar disso, o foco no estímulo e métodos é o mesmo. Até a quarta série nenhum dos professores trabalha com livro. Esse método de educação por projetos é embasado na teoria desenvolvida pelo educador espanhol, Fernando Hernández. Para Mônica, uma frase de Tiago Adão Lara resume o trabalho que é feito: "Eu não tenho o caminho novo o que tenho é o jeito novo de caminhar".

Retirada da fralda


Você ainda está pensando em tirar as fraldas do seu filho de dois anos? Para algumas famílias norte-americanas que colocam bebês com menos de 1 ano sentados no vaso sanitário, você está atrasado. Lá, coerente com o modo de viver competitivo da sociedade, quanto mais cedo a criança aprender a usar o toalete, melhor. Com isso, os bebês se livram das fraldas enquanto ensaiam os primeiros passos. O médico Barton D. Schmitt publicou um estudo mostrando que 50% dos bebês no mundo aprendem a usar o banheiro antes de completar 1 ano. Aqui no Brasil, ainda bem, não temos iniciativas parecidas.

Para os médicos brasileiros uma criança com menos de 1 ano e meio não tem nem maturidade fisiológica nem psicológica para sair das fraldas. Adiantar esse treinamento não traz benefício algum para o bebê. "Você pode até condicioná-lo a usar o toalete, mas não significa que ele entenda o que está fazendo", afirma o pediatra Roberto Bittar. Quem sai das fraldas antes do tempo pode apresentar desde problemas orgânicos, como fazer cocô na roupa ou em lugar inapropriado (encoprese), até emocionais, como baixa auto-estima. "Nessa idade, a criança está muito vulnerável à percepção externa sobre a própria imagem. Imagine se ela está sem fralda, porque a tiraram antes do tempo, e faz xixi na roupa? Vai ser motivo de vergonha e constrangimento. Podendo até gerar bloqueios emocionais sérios", diz a pediatra Maria do Carmo Barros de Melo. Por isso, o melhor é respeitar o desenvolvimento do seu filho e ter paciência nesse processo.

Não se precipite. "Só comece o treinamento do seu filho se você perceber que ele está maduro. Assim, o aprendizado tem mais chances de acontecer com tranqüilidade, apesar das trovoadas", diz a pediatra Gelsomina Colaruso Bosco. Como saber se chegou a hora? As crianças costumam deixar a fralda do dia, em média, a partir dos 2 anos e meio. Na prática, seu filho dá sinais de que está pronto se demonstra desconforto ao sujar a fralda ou avisa quando fez xixi ou cocô. Se esse tempo não for respeitado, corre-se o risco de enfrentar quilos de roupas molhadas na lavanderia por meses a fio.

Fonte: Revista Crescer

Culinária na Educação Infantil


Aula de culinária possibilita:
- Trabalhar de forma multidisciplinar diversos conteúdos escolares
- Elevar a auto-estima do aluno (sentir-se útil ao preparar uma receita)
- Trabalhar em equipe (aprender e respeitar as regras de convívio)
- Aprender bons modos à mesa (mas nada substitui a família)
- Transmitir a aprendizagem de sala de aula para os familiares
- Aprender a experimentar

Hábitos de Higiene
- Ensinar e seguir algumas normas de segurança e higiene na preparação dos alimentos:
- Lavar sempre as mãos com água e sabão
- Se tiver cabelos compridos, prenda-os (touca)
- Utilizar avental

Leitura/ Linguagem
- Leitura e interpretação das receitas
- Melhorar a capacidade da criança em ler
- Melhorar vocabulário
- Dependendo da turma, trabalhar com singular e plural, aumentativo e diminutivo, verbos, substantivos, adjetivos (regras gramaticais), etc.

Matemática
- Trabalhar conceitos matemáticos: adição, subtração, multiplicação e divisão
- Fração (pizza)
- Medidas (de massa, volume, capacidade, temperatura)
- Sequenciar (o que vem em 1o., 2o, 3o., etc.)
- Resolução de problemas
- Valor monetário

Ciências
- Origem dos alimentos (animal, vegetal e mineral)
- Estados físicos: gasoso, líquido e sólido
- Alterações dos alimentos durante o cozimento (ovo, legumes, etc.)
- Desenvolver os 5 sentidos: paladar, tato, audição, visão e olfato
- Observar processos de fermentação, fervura, etc.
- Trabalhar resíduos recicláveis e orgânicos
- Componentes dos alimentos industrializados (conservantes, acidulantes, corantes, etc.)
- Data de fabricação, validade.

História
- Origem da receita: associar o período em que a receita foi criada com fatos históricos da época.
- Como era a vida das pessoas que viviam naquele local (práticas, costumes, etc.)
- Estudos sobre imigração a partir de uma receita de origem estrangeira
- Diferenças nos hábitos alimentares entre culturas (países e estados)

Geografia
- Receitas típicas regionais (utilizar mapas e mostrar onde se localiza da cada país, estados, etc.)
- Geografia da região (tipo de solo, vegetação, hidrografia)

Coordenação Motora
- Proporcionar atividades como misturar, bater, picar, enrolar, abrir embalagens, etc. desenvolvem a coordenação motora.

Outros pontos a serem trabalhados
- Alimentação saudável
- Fast food X Confort food
- Poder nutritivo dos alimentos (vitaminas, caboidratos, gorduras, etc,)
Mônica Gervason

Educação Infantil e Psicopedagogia

Educação Infantil e Psicopedagogia



Olhem que interessante...



O nosso cérebro é ...... !!!

De aorcdo com uma peqsiusa

de uma uinrvesriddae ignlsea,

não ipomtra em qaul odrem as

Lteras de uma plravaa etãso,

a úncia csioa iprotmatne é que

a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser

uma bçguana ttaol, que vcoê

anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa

cmoo um tdoo.

Sohw de bloa.


Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Trabalhando com Projetos de Ensino.


Quem quiser saber mais sobre Projetos de Ensino na Educação Infantil meu email: mgervasom@globo.com

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ser Criança


Sou Educadora de Infância Quando digo que sou Educadora de Infância as pessoas, por vezes, reagem de tal forma que me apetece responder- lhes assim: Em que outra profissão poderia fazer penteados que todos admiram e assistir a um desfile de moda todos os dias? Onde é que me diriam logo de manhã e por mais simplesmente que estivesse arranjada, que estou “tão linda”? Em que outra profissão é que tantos jovens bem- parecidos me diriam sempre quanto gostam de mim? Onde seria tão importante que até poderia limpar o nariz à estrela do desfile? Em que outra profissão esqueceria os meus problemas, pois tenho que dar resposta a vários corações aflitos ? Onde poderia ajudar pequenas mãos a começarem a desenhar e a escrever?

domingo, 11 de outubro de 2009

Habilidades motoras


Quando se fala em coordenação motora pensamos em exercícios próprios para o desenvolvimento da mesma, feitos na escola.
Mas ao contrário do que muitos pais imaginam, as habilidades físicas referentes à motricidade podem ser desenvolvidas dentro de casa.

Não é somente com jogos e brinquedos próprios que podemos ajudar as crianças a conseguirem se sair bem em algumas tarefas. Ensiná-las a se vestir sozinhas, a escovar os dentes, a comer e a pentear os cabelos são tarefas que devem ser estimuladas, pois desenvolvem as destrezas corporais, além de tornar a criança mais independente.

Além disso, as crianças adoram mexer com as coisas dos adultos, gostam de ajudar e participar de suas atividades, e os utensílios domésticos também são ótimos para exercitar os pequenos.

Muitas vezes a criança não fica quieta e as mães precisam cuidar dos afazeres da casa, não sabendo como resolver o problema.

Potes vazios de margarina, colher de pau, panelas pequenas, escorredor de macarrão, medidores, dentre outros, podem distrair a criança, desenvolvendo também a sua coordenação motora e trabalhando sua concentração.

Os potinhos e medidores podem ser encaixados uns dentro dos outros ou empilhados, dando uma variação estimulante à brincadeira.

Lata de leite em pó e colher de pau transformam-se em um pequeno tambor, onde a criança se diverte fazendo uma batucada enquanto a mãe canta uma música infantil, do tipo marcha soldado, ciranda cirandinha, atirei o pau no gato, que possuem um ritmo mais animado e fácil de ser acompanhado pelo pequeno.

Dois potinhos de iogurte podem ser transformados em um chocalho, quando colocados alguns grãos dentro e lacrados com fita adesiva. Uma animação!

Mas outras brincadeiras podem ter um sentido mais complexo, trabalhando várias habilidades motoras da criança.

Com o escorredor e alguns fios de macarrão a criança poderá se divertir ao passá-los pelos buraquinhos do escorredor. Essa atividade trabalha a coordenação motora fina, o que poderá ajudar a criança na etapa da alfabetização, deixando-a com uma letra mais bonita.

Colocar grãos de feijão em uma garrafa de bico estreito também é um passatempo emocionante para os baixinhos, e ao mesmo tempo ajudará na destreza das mãos, tornando-as mais seguras e firmes, atividade importante para a etapa da alfabetização.

Os macarrões maiores e com furos grandes podem ser passados num cordão, formando um lindo colar.

Para a criança, não importa se os brinquedos são simples ou mais arrojados e modernos, o que vale é o brincar. O armário da cozinha parece-lhe um parque de diversões, onde descobre novas sensações e prazeres. As cores variadas dos objetos, os sons que se pode tirar deles e as diferentes formas que apresentam são grandes atrativos para o mundo infantil.

Dessa forma, a criança será estimulada a se concentrar, a fazer coisas interessantes para ela, podendo compartilhar momentos com a mãe, o que a deixará muito segura e feliz.

Educação Infantil e Psicopedagogia: Corpo vivido

Educação Infantil e Psicopedagogia: Corpo vivido

Corpo vivido

Trabalhando a Coordenação da Criança



SUGESTÕES DE TÉCNICAS E ATIVIDADES PARA TRABALHAR A COORDENAÇÃO MOTORA FINA

1) DESENHO

Desenhar livremente e depois contar uma história sobre o desenho;

Desenhar com giz de cera no papel camurça;

Desenhar a partir de propostas, por exemplo: desenhar o que mais gostou da história ou da música que acabou de ouvir, desenhar a escola, os amigos, seu final de semana, sua sala de aula etc,

Desenhar com o giz de cera derretido;

Desenhar com o giz de cera molhado;

Desenhar com carvão;

Desenhar com giz cintilante, com giz pastel;

Desenhar uma pessoa e colar os cabelos (comprar os cabelos em tubos em lojas de fantasias) ou fazê-Ios com lã;

Desenhar em transparências e depois projetar o desenho no retroprojetor para que a criança o veja; .

Desenhar com caneta de retroprojetor em EVA recortado, em azulejos ou bandejas de o Isopor;

Desenhar no verso do papel laminado e depois perfurar com agulha;

Desenhar sobre a lixa ou em papel sobre uma lixa;

Desenhar e colar lantejoulas e glíter;

Desenhar com giz de cera branco numa folha de cartolina branca (o traçado deve ser forte), em seguida cobrir com anilina diluída no álcool;

Desenhar sobre o papel de seda;

Desenhar e depois completar com lãs e retalhos de tecidos;

Desenhar com lápis aquarelável;

Desenhar com canetinha hidrocor no papel celofane transparente e passar cola branca por cima;

Pintar com giz de cera uma folha inteira, fazendo listas coloridas, em seguida cobrir com nanquim preto. Após seco, desenhar raspando a superfície com estilete.

Desenhar com stencil sobre o papel camurça. Em seguida molhar com cuidado e pouca água o papel camurça para obter um efeito borrado. Após secar a criança pode pintar o desenho com lápis de cor.

Desenhar sobre o jornal, recortar o desenho e montá-Io em outra folha.

2) RECORTE E COLAGEM

Recortar a dedo - jornais, revistas e papéis de diferentes texturas e cores;

Montar cenas com figuras recortadas pela criança de jornais e revistas;

Montar cenas colando figuras geométricas recortadas;

Montar pessoas colando figuras em forma de roupas;

Fazer colagem com sementes e grãos variados e coloridos;

Fazer colagem seguindo uma seqüência de cores apresentada;

Fazer colagem com palitos;

Recortar e colar com propostas, por exemplo: recortar animais e fazer um sítio, recrecortar e colar as pessoas da sua família etc.;

o Recortar papel crepom, enrolar bolinhas e colar;

Colagem com canudos;

Montar uma cena com barbante em cima do papel de seda;

Fazer construções com sucatas;

Montar uma cena "desenhando com a cola" e jogando areia (ou até mesmo pó de café) por cima. Após tirar o excesso, pode-sepintar o desenho com guache;

Colagem com casca de ovo;

Colagem e recorte de retalhos de panos;

Mosaico: colagem de papéis coloridos cortados bem pequenos;

Recortar jornais e montar sobre papel cartão preto.

3) PINTURA

Pintura a dedo

Pintura com guache e pincel;

Pintura com anilina e pincel; .

Com guache branco no papel preto e vice-versa (conhecimento físico);

Pintar em diferentes planos (horizontal, vertical) e em papéis de diferentes tamanhos e

formas (círculo, triângulo etc.); .

Com cotonete e álcool no papellaminado;

Com cotonete e água sanitária no papel camurça;

Com cotonete no verso do papel dobradura poroso, em seguida pode-se contornar o

desenho que aparece na frente do papel;

Com cola colorida; com cola com glíter;

Com cotonete molhado em álcool sobre o papel crepom;

Molhar o canudo no guache e depois soprar sobre o papel;

Molhar um pouco de papel crepom no álcool e desenhar em folha branca;

Com pincel e pasta de dente. Pode-se cobrir toda a folha de ,papel cartão com a pasta

e depois desenhar com palito de dente;

Com tinta aquarela;

Pintar com tinta vitral em vidros;

Com tinta plástica na cortiça.




Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
Paulo Freire
Eu me pergunto…
Histórias para aquecer o coração I

Durante meu primeiro ano no segundo grau, o Sr. Reynolds, meu professor de inglês, entregou a cada aluno uma lista de pensamentos e declarações escrita por outros alunos e, em seguida, nos passou um dever de redação baseado num daqueles pensamentos. Com dezessete anos, eu estava começando a pensar a respeito de muitas coisas, por isso escolhi a declaração: “Eu me pergunto por que as coisas são como são”.
Naquela noite, escrevi, em formato de narrativa, todas as perguntas que me deixavam confusa acerca da vida. Percebi que muitas delas eram difíceis de responder e que talvez outras não pudessem ser respondidas de forma alguma. Quando entreguei o trabalho, estava com medo de me sair al porque não tinha dado uma resposta à questão “Eu me pergunto por que as coisas são como são”. Eu não tinha resposta. Só tinha escrito perguntas.
No dia seguinte, o sr. Reynolds me chamou junto ao quadro-negro e pediu que eu lesse minha declaração para os outros alunos. Entregou-me o trabalho e sentou-se no fundo da sala. A turma ficou em silêncio quando comecei a ler:
“Mamãe, papai… por quê?
Mamãe, por que as rosas são vermelhas? Mamãe, por que a grama é verde e o céu é azul? Por que a aranha tem uma teia e não uma casa? Papai, por que não posso brincar com sua caixa de ferramentas? Professor, por que eu tenho que ler?
Mamãe, por que não posso usar batom para ir ao baile? Papai, por que não posso ficar na rua até meia-noite? Os outros garotos ficam. Mamãe, por que você me odeia? Papai, por que as outras crianças não gostam de mim? Por que tenho que ser tão magra? Por que tenho que usar óculos e aparelho nos dentes? Por que tenho que ter dezesseis anos?
Mamãe, por que tenho que me formar? Papai, por que tenho que crescer? Mamãe, papai, por que tenho que ir embora?
Mamãe, por que você não escreve com mais freqüência? Papai, por que tenho saudade dos meus velhos amigos? Papai, por que você me ama tanto? Papai, por que você me mima? Sua garotinha está crescendo. Mamãe, por que você não me visita? Mamãe por que é tão difícil fazer novos amigos? Papai, por que tenho saudades de casa?
Papai, por que meu coração dispara quando ele olha nos meus olhos?Mamãe, por que minhas pernas tremem quando eu ouço a voz dele? Mamãe, por que “estar apaixonada é a melhor sensação do mundo”?
Papai, por que você não gosta de ser chamado de “vovô”? Mamãe, por que os dedinhos do meu bebê se agarram com tanta força aos meus?
Mamãe, por que eles precisam crescer? Papai, por que eles têm que ir embora? Por que tenho que ser chamada de “vovó”?
Mamãe, papai, por que vocês tiveram que me deixar? Eu preciso de vocês.
Por que minha juventude passou por mim? Por que meu rosto mostra todos os sorrisos que eu já dei a um amigo ou a um estranho? Por que meu cabelo brilha com um tom prateado? Por que minhas mãos tremem quando me abaixo para pegar uma flor? Por que, meu Deus, as rosas são vermelhas?”
Quando terminei minha história, meus olhos se encontraram com os olhos do Sr. Reynolds e eu vi uma lágrima correndo no seu rosto. Foi então que percebi que a vida nem sempre é baseada nas respostas que recebemos, mas também nas perguntas que fazemos.
Christr Carter Koski

Movimento

CORPO VIVIDO

A autora Alicia Fernández, que muito contribui com a psicopedagogia e a escola,nos mostra neste texto com embasamento científico em Sara Paim novas idéias originais com uma abordagem diferente, os conhecimentos novos e amplos sobre o corpo humano e a aprendizagem.

Segundo Alicia a aprendizagem passa pelo corpo. A participação do corpo no processo de apropriação do conhecimento se dá pela ação e pelas significações que vão sendo atribuídas a estas ações, sempre em interação com o Outro (Conhecimento, Cultura) e os outros (pais, professores, meios de comunicação...) . A imagem do corpo vai sendo construída a partir de cada um na vivência de sua história. Alicia Fernandez diz que as pessoas que ensinam podem ter o mesmo comportamento gestual, a mesma metodologia, mas se algum deles não passa uma possibilidade de prazer na relação, quem aprende não perceberá o conhecimento como prazer e terá dificuldade para assimilá-lo, reconstruí-lo, aprendê-lo.É através do corpo que se formam os vínculos e se constroem os lugares compartilhados, onde se estrutura a relação ensino-aprendizagem .

Ao se tratar a aprendizagem, como treinamento, transformando-a em objeto de consumo, se perde o verdadeiro sentido do aprender que é autorizar-se a pensar e desfrutar da alegria de criar , refletir sobre a condição humana , perguntar , brincar, sonhar , inquietar, querer transformar. Nosso organismo pode ser comparado a um instrumento musical no qual se dão coordenações entre diversas pulsações ,mas criando algo novo.

O organismo bem- estruturado é uma boa base para a aprendizagem, e as perturbações que possa sofrer condicionam dificuldades nesse processo.