domingo, 11 de outubro de 2009

Habilidades motoras


Quando se fala em coordenação motora pensamos em exercícios próprios para o desenvolvimento da mesma, feitos na escola.
Mas ao contrário do que muitos pais imaginam, as habilidades físicas referentes à motricidade podem ser desenvolvidas dentro de casa.

Não é somente com jogos e brinquedos próprios que podemos ajudar as crianças a conseguirem se sair bem em algumas tarefas. Ensiná-las a se vestir sozinhas, a escovar os dentes, a comer e a pentear os cabelos são tarefas que devem ser estimuladas, pois desenvolvem as destrezas corporais, além de tornar a criança mais independente.

Além disso, as crianças adoram mexer com as coisas dos adultos, gostam de ajudar e participar de suas atividades, e os utensílios domésticos também são ótimos para exercitar os pequenos.

Muitas vezes a criança não fica quieta e as mães precisam cuidar dos afazeres da casa, não sabendo como resolver o problema.

Potes vazios de margarina, colher de pau, panelas pequenas, escorredor de macarrão, medidores, dentre outros, podem distrair a criança, desenvolvendo também a sua coordenação motora e trabalhando sua concentração.

Os potinhos e medidores podem ser encaixados uns dentro dos outros ou empilhados, dando uma variação estimulante à brincadeira.

Lata de leite em pó e colher de pau transformam-se em um pequeno tambor, onde a criança se diverte fazendo uma batucada enquanto a mãe canta uma música infantil, do tipo marcha soldado, ciranda cirandinha, atirei o pau no gato, que possuem um ritmo mais animado e fácil de ser acompanhado pelo pequeno.

Dois potinhos de iogurte podem ser transformados em um chocalho, quando colocados alguns grãos dentro e lacrados com fita adesiva. Uma animação!

Mas outras brincadeiras podem ter um sentido mais complexo, trabalhando várias habilidades motoras da criança.

Com o escorredor e alguns fios de macarrão a criança poderá se divertir ao passá-los pelos buraquinhos do escorredor. Essa atividade trabalha a coordenação motora fina, o que poderá ajudar a criança na etapa da alfabetização, deixando-a com uma letra mais bonita.

Colocar grãos de feijão em uma garrafa de bico estreito também é um passatempo emocionante para os baixinhos, e ao mesmo tempo ajudará na destreza das mãos, tornando-as mais seguras e firmes, atividade importante para a etapa da alfabetização.

Os macarrões maiores e com furos grandes podem ser passados num cordão, formando um lindo colar.

Para a criança, não importa se os brinquedos são simples ou mais arrojados e modernos, o que vale é o brincar. O armário da cozinha parece-lhe um parque de diversões, onde descobre novas sensações e prazeres. As cores variadas dos objetos, os sons que se pode tirar deles e as diferentes formas que apresentam são grandes atrativos para o mundo infantil.

Dessa forma, a criança será estimulada a se concentrar, a fazer coisas interessantes para ela, podendo compartilhar momentos com a mãe, o que a deixará muito segura e feliz.

Educação Infantil e Psicopedagogia: Corpo vivido

Educação Infantil e Psicopedagogia: Corpo vivido

Corpo vivido

Trabalhando a Coordenação da Criança



SUGESTÕES DE TÉCNICAS E ATIVIDADES PARA TRABALHAR A COORDENAÇÃO MOTORA FINA

1) DESENHO

Desenhar livremente e depois contar uma história sobre o desenho;

Desenhar com giz de cera no papel camurça;

Desenhar a partir de propostas, por exemplo: desenhar o que mais gostou da história ou da música que acabou de ouvir, desenhar a escola, os amigos, seu final de semana, sua sala de aula etc,

Desenhar com o giz de cera derretido;

Desenhar com o giz de cera molhado;

Desenhar com carvão;

Desenhar com giz cintilante, com giz pastel;

Desenhar uma pessoa e colar os cabelos (comprar os cabelos em tubos em lojas de fantasias) ou fazê-Ios com lã;

Desenhar em transparências e depois projetar o desenho no retroprojetor para que a criança o veja; .

Desenhar com caneta de retroprojetor em EVA recortado, em azulejos ou bandejas de o Isopor;

Desenhar no verso do papel laminado e depois perfurar com agulha;

Desenhar sobre a lixa ou em papel sobre uma lixa;

Desenhar e colar lantejoulas e glíter;

Desenhar com giz de cera branco numa folha de cartolina branca (o traçado deve ser forte), em seguida cobrir com anilina diluída no álcool;

Desenhar sobre o papel de seda;

Desenhar e depois completar com lãs e retalhos de tecidos;

Desenhar com lápis aquarelável;

Desenhar com canetinha hidrocor no papel celofane transparente e passar cola branca por cima;

Pintar com giz de cera uma folha inteira, fazendo listas coloridas, em seguida cobrir com nanquim preto. Após seco, desenhar raspando a superfície com estilete.

Desenhar com stencil sobre o papel camurça. Em seguida molhar com cuidado e pouca água o papel camurça para obter um efeito borrado. Após secar a criança pode pintar o desenho com lápis de cor.

Desenhar sobre o jornal, recortar o desenho e montá-Io em outra folha.

2) RECORTE E COLAGEM

Recortar a dedo - jornais, revistas e papéis de diferentes texturas e cores;

Montar cenas com figuras recortadas pela criança de jornais e revistas;

Montar cenas colando figuras geométricas recortadas;

Montar pessoas colando figuras em forma de roupas;

Fazer colagem com sementes e grãos variados e coloridos;

Fazer colagem seguindo uma seqüência de cores apresentada;

Fazer colagem com palitos;

Recortar e colar com propostas, por exemplo: recortar animais e fazer um sítio, recrecortar e colar as pessoas da sua família etc.;

o Recortar papel crepom, enrolar bolinhas e colar;

Colagem com canudos;

Montar uma cena com barbante em cima do papel de seda;

Fazer construções com sucatas;

Montar uma cena "desenhando com a cola" e jogando areia (ou até mesmo pó de café) por cima. Após tirar o excesso, pode-sepintar o desenho com guache;

Colagem com casca de ovo;

Colagem e recorte de retalhos de panos;

Mosaico: colagem de papéis coloridos cortados bem pequenos;

Recortar jornais e montar sobre papel cartão preto.

3) PINTURA

Pintura a dedo

Pintura com guache e pincel;

Pintura com anilina e pincel; .

Com guache branco no papel preto e vice-versa (conhecimento físico);

Pintar em diferentes planos (horizontal, vertical) e em papéis de diferentes tamanhos e

formas (círculo, triângulo etc.); .

Com cotonete e álcool no papellaminado;

Com cotonete e água sanitária no papel camurça;

Com cotonete no verso do papel dobradura poroso, em seguida pode-se contornar o

desenho que aparece na frente do papel;

Com cola colorida; com cola com glíter;

Com cotonete molhado em álcool sobre o papel crepom;

Molhar o canudo no guache e depois soprar sobre o papel;

Molhar um pouco de papel crepom no álcool e desenhar em folha branca;

Com pincel e pasta de dente. Pode-se cobrir toda a folha de ,papel cartão com a pasta

e depois desenhar com palito de dente;

Com tinta aquarela;

Pintar com tinta vitral em vidros;

Com tinta plástica na cortiça.




Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
Paulo Freire
Eu me pergunto…
Histórias para aquecer o coração I

Durante meu primeiro ano no segundo grau, o Sr. Reynolds, meu professor de inglês, entregou a cada aluno uma lista de pensamentos e declarações escrita por outros alunos e, em seguida, nos passou um dever de redação baseado num daqueles pensamentos. Com dezessete anos, eu estava começando a pensar a respeito de muitas coisas, por isso escolhi a declaração: “Eu me pergunto por que as coisas são como são”.
Naquela noite, escrevi, em formato de narrativa, todas as perguntas que me deixavam confusa acerca da vida. Percebi que muitas delas eram difíceis de responder e que talvez outras não pudessem ser respondidas de forma alguma. Quando entreguei o trabalho, estava com medo de me sair al porque não tinha dado uma resposta à questão “Eu me pergunto por que as coisas são como são”. Eu não tinha resposta. Só tinha escrito perguntas.
No dia seguinte, o sr. Reynolds me chamou junto ao quadro-negro e pediu que eu lesse minha declaração para os outros alunos. Entregou-me o trabalho e sentou-se no fundo da sala. A turma ficou em silêncio quando comecei a ler:
“Mamãe, papai… por quê?
Mamãe, por que as rosas são vermelhas? Mamãe, por que a grama é verde e o céu é azul? Por que a aranha tem uma teia e não uma casa? Papai, por que não posso brincar com sua caixa de ferramentas? Professor, por que eu tenho que ler?
Mamãe, por que não posso usar batom para ir ao baile? Papai, por que não posso ficar na rua até meia-noite? Os outros garotos ficam. Mamãe, por que você me odeia? Papai, por que as outras crianças não gostam de mim? Por que tenho que ser tão magra? Por que tenho que usar óculos e aparelho nos dentes? Por que tenho que ter dezesseis anos?
Mamãe, por que tenho que me formar? Papai, por que tenho que crescer? Mamãe, papai, por que tenho que ir embora?
Mamãe, por que você não escreve com mais freqüência? Papai, por que tenho saudade dos meus velhos amigos? Papai, por que você me ama tanto? Papai, por que você me mima? Sua garotinha está crescendo. Mamãe, por que você não me visita? Mamãe por que é tão difícil fazer novos amigos? Papai, por que tenho saudades de casa?
Papai, por que meu coração dispara quando ele olha nos meus olhos?Mamãe, por que minhas pernas tremem quando eu ouço a voz dele? Mamãe, por que “estar apaixonada é a melhor sensação do mundo”?
Papai, por que você não gosta de ser chamado de “vovô”? Mamãe, por que os dedinhos do meu bebê se agarram com tanta força aos meus?
Mamãe, por que eles precisam crescer? Papai, por que eles têm que ir embora? Por que tenho que ser chamada de “vovó”?
Mamãe, papai, por que vocês tiveram que me deixar? Eu preciso de vocês.
Por que minha juventude passou por mim? Por que meu rosto mostra todos os sorrisos que eu já dei a um amigo ou a um estranho? Por que meu cabelo brilha com um tom prateado? Por que minhas mãos tremem quando me abaixo para pegar uma flor? Por que, meu Deus, as rosas são vermelhas?”
Quando terminei minha história, meus olhos se encontraram com os olhos do Sr. Reynolds e eu vi uma lágrima correndo no seu rosto. Foi então que percebi que a vida nem sempre é baseada nas respostas que recebemos, mas também nas perguntas que fazemos.
Christr Carter Koski

Movimento

CORPO VIVIDO

A autora Alicia Fernández, que muito contribui com a psicopedagogia e a escola,nos mostra neste texto com embasamento científico em Sara Paim novas idéias originais com uma abordagem diferente, os conhecimentos novos e amplos sobre o corpo humano e a aprendizagem.

Segundo Alicia a aprendizagem passa pelo corpo. A participação do corpo no processo de apropriação do conhecimento se dá pela ação e pelas significações que vão sendo atribuídas a estas ações, sempre em interação com o Outro (Conhecimento, Cultura) e os outros (pais, professores, meios de comunicação...) . A imagem do corpo vai sendo construída a partir de cada um na vivência de sua história. Alicia Fernandez diz que as pessoas que ensinam podem ter o mesmo comportamento gestual, a mesma metodologia, mas se algum deles não passa uma possibilidade de prazer na relação, quem aprende não perceberá o conhecimento como prazer e terá dificuldade para assimilá-lo, reconstruí-lo, aprendê-lo.É através do corpo que se formam os vínculos e se constroem os lugares compartilhados, onde se estrutura a relação ensino-aprendizagem .

Ao se tratar a aprendizagem, como treinamento, transformando-a em objeto de consumo, se perde o verdadeiro sentido do aprender que é autorizar-se a pensar e desfrutar da alegria de criar , refletir sobre a condição humana , perguntar , brincar, sonhar , inquietar, querer transformar. Nosso organismo pode ser comparado a um instrumento musical no qual se dão coordenações entre diversas pulsações ,mas criando algo novo.

O organismo bem- estruturado é uma boa base para a aprendizagem, e as perturbações que possa sofrer condicionam dificuldades nesse processo.

Olá
Desejo disponibilizar assuntos interessantes sobre Educação Infantil e psicopedagogia.